Lembranças
Foram dias felizes junto a minha família. Pelo menos a cada ano,íamos a Cruzeiro-SP (terra natal de minha mãe), duas há três vezes ou mais. Cruzeiro também foi parcialmente o palco de minha infância. Era justamente na casa em que mina avó Maria morava, que eu e meus primos nos divertíamos muito. A casa não existe mais e atualmente onde se localizava a residência de meus avós, foram construídas várias casas de pessoas com considerável situação financeira. Meu avô, Severiano Diogo foi por muitos anos, administrador do extinto “chiqueirão”, localizado no antigo e saudoso frigorífico em Cruzeiro. Homem de grande caráter e de exímia honestidade era detentor da confiança de seus superiores e pessoa querida no meio em que trabalhava. O terreno onde se localizava a residência de minha avó era muito grande e arborizado, tinha até um campinho de futebol onde a família, amigos e vizinhos se reuniam para bater uma pelada. Por muitas vezes, acordei de manhã e ia tomar o meu café com pão na extremidade de trás da casa onde tinha a perfeita visão da recém rodoviária de Cruzeiro, rotunda e da rodovia Rotary Clube. Quantas e quantas vezes assisti aos enterros que passavam por aquela via, época em que se usava colocar o caixão em um carrinho e o povo seguia-o com destino a um dos cemitérios da cidade. Valorosas manhãs de domingo que junto com meus tios ia ao mercado velho com a singular finalidade de promover a troca de gibis ou compra-los. Era uma felicidade quando a família resolvia comemorar algum aniversário ou similar e realizava festinhas regadas a muito guaraná caçulinha e salgadinho. Ver a família toda junta em momentos distintos me marcaria para o resto da vida, pois, era muito bom. Brincar com o Rex, meu primeiro cachorro era divertido demais.Eu , meu irmão Ailton, o bola ( primo), pôxa! Era uma boa diversão. Quando a “primaiada” de Cruzeiro chegava na casa da nossa avó então, o tempo parecia parar. Nestas fotos do outono de 1983 estão pessoas que não mais se encontram entre nós como meu pai, minha mãe, um primo, um tio... mas, é a vida! – O TEMPO NÃO PÁRA”, disse certa vez Cazuza.